É uma construção colaborativa entre o facilitador/professor e seus alunos, que clarifica e define papéis e também os limites. O Contrato de Aprendizagem parte do pressuposto de que o facilitador/professor está aberto a renunciar ao papel de transmissor do conhecimento para uma plateia de ouvintes passivos.
O aprendiz/aluno assume sua responsabilidade pelo seu processo de aprendizagem. É convidado a participar com suas ideias, dúvidas e experiências, que servirão de base para a construção do seu aprendizado.
Todas as relações precisam ser contratadas, e as relações de ensino e aprendizagem se beneficiam muito dessa ferramenta. Faz jus a expressão: “O que é combinado, não sai caro”. O contrato antecipa a solução de problemas antes que surjam. É uma vacina contra conflitos.
O Contrato das relações é objeto de estudo da Análise Transacional, Teoria dos Grupos e Andragogia e vários autores embasam o tema: Eric Berne, David Kolb, Will Schutz, Malcom Knowles, Fanita English, Claude Steiner.
De acordo com Claude Steiner, todo contrato, para ser válido, precisa ter presente os seguintes elementos:
A presença desses elementos evita a “Salvação”, e a “Vitimização”. Dois fenômenos muito comuns nas relações de equipe, por exemplo – alguém parece que vai “salvar” a equipe de todos os males e outros parecem ser as “eternas vítimas” de tudo. Se há o contrato da relação, esse fenômeno perde sua força e todos têm responsabilidade.
O grupo responde à sequência de perguntas:
Tudo deve ser escrito e assinado pelos participantes. O contrato pode ser revisto sempre que houver dúvidas ou necessidades de novos alinhamentos. Ao tomar consciência do seu poder de atrapalhar e de ajudar, os alunos/participantes se tornam co-responsáveis pelos objetivos definidos.
Se você quiser aprender na prática como fazer o Contrato de Aprendizagem e tudo sobre Andragogia, assista nosso webnar nesse Sábado, 16 de janeiro às 10h e faça o curso com a gente.
BERNE, E. O que você dia depois de dizer olá? Nobel. 1988, p. 280.
ENGLISH, F. O Contrato de Três Pontas. Transactional Analysis Journal, 1975, vol.5(4) 383-384
SILVEIRA, L. Contrato para intervenção organizacional em desenvolvimento de pessoas. Revista Brasileira de Análise Transacional -REBAT. São Paulo, 2011, ano XXI, n. 1, abr. 2011.
STEINER, C. Os Papéis que vivemos na Vida. Rio de Janeiro: Editora Artenova, 1976.
KRAUSZ, R. R. Trabalhabilidade. São Paulo: Editora Nobel, 1999S