Compreensão empática e aprendizagem transformadora

7 de agosto de 2023
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Carmem Sant’Anna

Compreensão Empática. O que é isso? Antes de responder essa pergunta vou falar algo sobre o papel do facilitador de aprendizagem transformadora que é definido como o de alguém que apoia a aprendizagem ligada ao contexto para um aprendiz real, em tempo real, em um mundo real.

O facilitador tende a inspirar o aprendiz, para ser o tipo de indivíduo que pode viver num equilíbrio delicado, mas sempre mutável, entre o que é atualmente conhecido e os fluentes, móveis e cambiantes problemas e fatos do futuro.

O facilitador se mostra aberto à discussão, protagoniza debates de ideias porque é otimista e acredita na capacidade de seus aprendizes e no seu desenvolvimento.

Isso é garantido quando o facilitador desenvolve qualidades atitudinais tais como: ser real e genuíno, ter estima e confiança, ser sensível, bom ouvinte. Ter compreensão empática.

Então, compreensão empática é um elemento que estabelece um clima de aprendizagem favorável. É quando o facilitador tem compreensão em seu íntimo das reações do aprendiz, tem uma consciência sensível sobre como a educação se apresenta para ele. Sem julgamento, ou avaliação do tipo: “eu sei o que está errado com você”.

Dessa forma busca o envolvimento e participação para que os aprendizes sejam implicados, isto é, envolvidos no seu processo de aprendizagem. Encoraja-os pela busca de suas próprias respostas opinando sobre o conteúdo fazendo as conexões entre os conceitos, fundamentos e observações pessoais.

compreensão empática envolve o respeito e atenção ao Quadro De Referência – QR. Olhar o QR em educação interfere no modo de facilitar a experiência de aprendizagem transformadora.

Ao fazer uma retrospectiva de vida a partir do meu Quadro de Referência, tenho uma história a ser ‘arqueologicamente’ escavada, para entender e ter uma compreensão empática de mim mesma. Entendendo, contudo, que meu Quadro de Referência não é o parâmetro do Quadro de Referência de todas as outras pessoas.

Para ter a compreensão empática preciso entender o outro como legitimo para mim.  O Quadro de Referência de cada pessoa passa por diversas camadas de percepções acumuladas sobre si mesma, o outro e o mundo. Preciso compreender empaticamente:

  • Qual a capacidade do indivíduo de se permitir incorporar novas informações;
  • Que valores e suposições o aprendiz tem, mas precisa de um tempo para examinar;
  • Quais as suposições a respeito de si mesmo e do mundo proveniente de influência e experiências do ambiente familiar e;
  • Quais as influências mais profundas que dão origem a respostas à vida de forma automática e inconsciente.

Essas são considerações úteis que orientam o facilitador ao escolher estratégias de apresentação de conceitos que desafiam as crenças dos educandos.

Todas essas considerações nos levam a oportunizar uma experiência de aprendizagem cuja metodologia é o aprender fazendo. O aluno conta com um ambiente dinâmico e atrativo tendo o protagonismo durante o processo da aprendizagem.

A utilização de ferramentas como aplicativos, vídeos, textos e gamificação contribuem para a construção da aprendizagem transformadora. Trata-se de metodologias aplicáveis no ambiente corporativo e no ambiente formal de educação.

Aqui na SK, por exemplo em nosso curso de “Formação de Facilitadores – Andragogia e Ambientes Digitais de Aprendizagem” temos utilizado esse método.

Durante o curso os participantes são convidados a se engajar na construção de uma experiência de aprendizagem que acontece no transcorrer do curso, fazendo a aplicação prática dos conteúdos dos módulos. Nessa experiência eles contam com apoio e supervisão sobre a aplicação dos conceitos da Andragogia em cada passo de projetos e programas de T&D por eles desenvolvidos. Eles saem do curso colocando em prática seus projetos na vida real.

Deseja conhecer mais sobre esse assunto? Você pode contar com apoio de uma empresa que há décadas vem se especializando nesse processo. Esperamos seu contato.

FONTE:

ROGERS, Carl. Liberdade de aprender em nossa década. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.

CLARKE, Jean Illsley. Utilização sinérgica de cinco conceitos de Análise Transacional na Educação. Revista Brasileira de Análise Transacional – REBAT Ano VII e ano VIII 1987/1998.

 

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