“Nossos excessos podem ser os responsáveis por nossas fraquezas”.
Exemplo: Tiago, conhecido por sua efetividade e responsabilidade no trabalho, é escolhido para um posto de liderança. Logo a seguir o moral entre os membros da sua equipe se deteriora, especialmente entre os supervisores. Olhando mais de perto, vemos que o Tiago tenta fazer tudo por conta própria, tem pouca paciência com os esforços dos outros, raramente envolve os outros no processo de decisão, mesmo os especialistas no assunto. O que aconteceu aqui? Tiago entendeu que sua promoção foi devido a sua efetividade e iniciativa e com isso assumiu que seria esperado demonstrar essas qualidades de maneira ainda mais acentuada em sua nova posição.
Mesmo em casa, pais devotados podem interferir negativamente no desenvolvimento de uma criança com um comportamento superprotetor; apesar das boas e carinhosas intenções. O impacto é muito além do esperado.
Quais as razões do uso excessivo das forças: Inicialmente, porque podemos não reconhecer que o comportamento foi excessivo. Se você encontra pessoas ouvindo e rindo de suas piadas, é natural que você continue contando piadas até elas pararem de rir. Pode ser que suas experiências de vida foram positivas ao demonstrar esse comportamento: foi satisfatório, produziu bons resultados e você foi positivamente reconhecido. As estratégias bem-sucedidas nos conferem sentimento de segurança. Por outro lado a presença de comportamentos excessivos pode estar atuando como mecanismo de defesa.
Estratégias para a gestão de forças bem sucedida:
- Confirmando – reconhecer o positivo
- Moderando – reduzir a ênfase no negativo
- Ampliando – apreciar o outro
- Unindo – superar ou transpor gaps
- Expandindo – manter os olhos abertos para mudança
Portanto para sermos efetivos, precisamos começar conhecendo a nós mesmos, valorizando nossas forças, compreendendo nossos impactos, apreciando nossos sucessos e reconhecendo nossos fracassos.
“Conhece a ti mesmo e nunca conhecerás o fracasso”
(Lao Tzu, sábio chinês).
Precisamos compreender e construir a partir das nossas forças, ao invés de ficarmos atolados numa desestimulante revisão das nossas fraquezas. As pessoas serão mais efetivas e felizes no trabalho e na vida se desenvolverem a capacidade de fazer o máximo com suas forças.
[1] KATCHER, Alan; PASTERNAK, K. Gerenciando suas forças. Tradução Ane Araujo. Rio de Janeiro: Qualitymark: São Paulo: Marcondes & Consultores Associados, 2005
[2] Allan Katcher, doutor em Psicologia, é Presidente da Bcon LIFO International, com larga experiência em desenvolvimento humano, tem sido consultor para muitas das 500 empresas da Fortune, professor em diversas universidades, palestrante em mais de 20 países.