O Design Thinking pode ser uma abordagem divertida, buscar soluções criativas e inovadoras para desafios. Aqui vão nossas principais dicas para aplicar:
A criatividade não é um dom. Essa é a primeira e mais difícil etapa de desenvolvimento mental no Design Thinking: entender que todos podemos ser criativos e que é possível desenvolver a criatividade (sem ter que aprender a desenhar, por exemplo).
Ajudar as pessoas que vão participar do desafio a aceitar e encontrar sua criatividade é uma das mais importantes etapas a vencer logo no início. Estamos muito habituados a processos racionais e a criatividade flui melhor quando conseguimos ativar a criança interior (que não é racional) para pensar com liberdade.
O relacionamento de grupo e a qualidade das interações são fundamentais para que o desafio proposto seja vencido. As etapas do Design Thinking podem deixar à mostra as dificuldades de relacionamento, na medida em que os problemas aparecem e esse é um dos erros cruciais de quem segue o processo: esquecer as relações.
Assim, não ache que é “perda de tempo” fazer contratos e falar dos sentimentos durante o processo com o grupo. Na medida em que as pessoas se expressam, elas são capazes de reelaborar os pensamentos e adotar diferentes comportamentos.
Para acontecer o processo de Design Thinking precisa das ideias, opiniões e participação das pessoas. E de pessoas variadas, além das que estão diretamente envolvidas na solução do desafio. Sem as tempestades de ideias só se faz o óbvio.
Assim, sugerimos aqui que técnicas variadas de brainstorming sejam usadas. Tanto para o ambiente online como presencial existem formas de fazer brainstorming que ajudam os mais tímidos a participar e também a promover o pensamento fora dos padrões para criar ideias. Uma opção também válida é usar a concepção de que as ideias são do grupo, com post-its anônimos, permitindo a expressão sem julgamentos das ideias.
Depois de geradas as ideias, que num primeiro momento ficaram focadas em quantidade é hora de fazer a curadoria, focada em qualidade. O que de fato faz sentido nessas ideias geradas? O que pode ser aplicado? O que já existe e como funciona? O que pode ser aplicado agora? O que pode acontecer se nada for feito em ralação a essa ideia? Essa são algumas perguntas que podem ajudar a ver se uma ideia deve ir para frente ou ir para o estacionamento de ideias.
É uma etapa muito importante, pois há uma tendência de ficar apegado às ideias ou ao problema e não se abrir para a solução. Novamente, existem técnicas apropriadas para conduzir o grupo nesse processo de análise das ideias.
A ideia só fará sentido se posta em prática e isso não precisa ser feito apenas na fase final do Design Thinking. É muito importante verificar se as pessoas que vão usar a ideia de fato enxergam que a ideia é uma solução. Mais ainda, ao testar a ideia podemos entender se aquilo é de fato um problema e qual sua dimensão para o usuário final. Sem testar as ideias há o risco de gerar soluções para problemas que não existem.
Essa são dicas gerais e é bom lembrar que às oficinas de Design Thinking podem ser feitas em qualquer ambiente e para qualquer tipo de problema. Basta que exista um desafio e pessoas interessadas em resolvê-lo.